Foto Toa Heftiba

Que o amor vire a rotina de sermos trazidos à tona até que tenhamos uma melhor perspectiva de nós mesmos: e isso nos conduza para além do narcisismo. Que o amor vire a rotina de termos seguranças que não se confundam com a ilusão da posse e convicções que não moram na inércia.

Que o amor vire a rotina de ser agente transformador para que possamos questionar diariamente:  O que posso ser? Onde quero estar? O que me faz querer ficar? E abraçar a liberdade das perguntas e respostas.

Que o amor vire a rotina de entender que, sendo o Outro esse mistério de potenciais a serem desenvolvidos e, sendo nós mesmos essa vasta possibilidade de tramas a serem desvendadas, nunca poderemos ser abreviados ou passíveis de conclusão. Pois se o que cresce precisa mais de espaço do que de constância, então que o amor não encontre na impermanência o desamparo, nem na solidez do sentimento um motivo para condenar a conquista à estagnação.

Que o amor vire rotina, até que a rotina seja amor.


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