Para todos aqueles que estão num relacionamento ou que só veem dificuldades em conseguir, é fundamental termos claro que não existe fórmula milagrosa para o sucesso de um relacionamento ou magia para que as coisas deem certo no casamento.

Então, todo relacionamento está fadado a dar errado, ou passar por dificuldades, conflitos, estresse etc? Não necessariamente, pois isso só acontecerá se nada for feito para a boa convivência e entendimento entre as partes. E isso depende fundamentalmente de ambos.

Portanto, os elementos afetivos que intitulam este texto, nada mais são do que canais que permitirão o acesso e dinâmica entre as partes envolvidas, e não uma fórmula.

Abaixo comento sobre características que talvez não sejam observadas e por isso não cultivadas na relação.

Foto  Robert Collins

Bondade

O quanto que nos voltamos para o nosso par e o vemos com algo bom, como um ser que traz generosidade e uma boa alma, e por consequência, o quanto que eu promovo isto dentro de mim. Afinal, olhar para o outro é muito fácil, mas e o olhar para dentro: como sou, como me mostro, o quanto sou bom, faço o bem ou promovo o positivo entre nós?

É comum observarmos exatamente o inverso, pessoas num relacionamento que convivem de forma tensa, estressada, e por vezes, até mesmo agressiva. Isso é ser uma pessoa bondosa? Esta é uma prática difícil, afinal envolve conceitos e ideias (filosofia) de vida.

O que eu adoto enquanto atitudes e comportamentos em relação ao meu par, a quem digo ser amado(a), e com quem eu preciso praticar este amor?

Compaixão

O quanto que eu me doo de forma empática para com a dificuldade, tristeza, angústia, dor, fragilidade, fraqueza, sofrimento ou problemas do meu par?

Como me coloco no lugar do outro e procuro ajudar?

Observamos muitas vezes o quanto que as pessoas estão despreparadas e reagem com destempero às dificuldades do outro, querendo passar por cima dos sentimentos para não ter que encarar de frente. O que acaba por ser recebido como uma total falta de respeito e desconsideração para com o sofrimento do par.

Alegria

O quanto vivemos com alegria a nossa vida?

Como promovemos, buscamos ou estimulamos e valorizamos a nossa alegria?

Alegria de viver, de trabalhar, de malhar, de namorar, de estar com o meu par, enfim o quanto cultivamos e vivemos realmente esta alegria que nos deixa bem, nos faz bem e nos faz contagiar àqueles que estejam em nossa volta?

É preciso deixar a mácula do mau humor, da tensão, da ansiedade e preocupações que permeiam o nosso dia a dia, e que acabam por nos distanciar do nosso bem-estar. Alegria promove-se com bom humor, vivências prazerosas e agradáveis, com descontração e tranquilidade.

Serenidade

Cada um de nós precisa encontrar seu estado ‘zen’, estado de tranquilidade e confiança, nas experiências vividas no dia a dia: reflexões, avaliação, análise, pensamentos, busca pelas melhores alternativas, formulações conceituais e filosóficas… Enfim, a condição da melhor e mais profunda concentração em que possa-se ter o melhor aproveitamento do que quer que seja, com assertividade. Nessa condição, resolver conflitos do relacionamento flui de forma coesa e sensata, produzindo um bem querer e amor ainda mais consolidado.

Estes são conceitos e ideias que podem ajudar acentuadamente a sua convivência em seu relacionamento. Por consequência, melhorar a qualidade de vida de ambos, com prazer, satisfação, afetuosidade e sentimentos dos mais profundos, e assim, dar ainda mais sentido ao amor propagado entre o par. Viva e ame incondicionalmente, só assim ele será experimentado integralmente, sem medo e sem amarras. Seja feliz!