Estatisticamente temos dados que chamam a atenção para o número de casamentos desfeitos, em 2016 estudos da Revista Veja* mostraram que 1 em cada 3 casamentos era desfeito.
Nesta realidade de separação observamos o quanto as pessoas vivem processos de perdas que vão gerando um grau de dificuldade, angústia, dor e sofrimento inerentes ao processo de ruptura. Fato é que por mais que os preconceitos e a aceitação da separação, sejam hoje, mais socialmente reconhecidos e aceitos, ainda assim, implica num corte e mudança em sua estrutura de vida que impõe condições duras e difíceis.
Imaginemos que um casal dentro de sua convivência e relacionamento vão estabelecendo ritmos de vida prática e afetivo-emocional que implica e envolve o outro, em sua participação, compartilhamento, rotinas e atividades que criam elos de vínculos e que serão desfeitos e rompidos com o término do relacionamento.
Quando têm filhos então, mais tantas outras variáveis implicadas, não só a questão da guarda quanto pensão, mas principalmente a forma de convivência com estes filhos bem como a manifestação de sentimentos e afetividade que passarão a ser diferentes, uma vez que a cotidiano e convivência entre eles será modificado.
Enfim, infindáveis questões envolvidas na parceria e que tomarão novos rumos e terão que passar por reformulações e reestruturação individual e, também, entre as partes do casal. Movimento este que nem sempre acontece de forma fluída ou serena, por vezes nos deparamos com casais que se digladiam frente às suas chateações e frustrações, criando um clima de guerra entre as partes, que além de desnecessário e desgastante, cria ainda mais tensão e estresse no processo que já é tão duro e difícil.
Não bastasse todas as dificuldades deste processo de separação, ainda tem o depois, ou seja, como será depois da separação: como será a vida sozinho, sem o par no cotidiano, como vou me sentir, como vou ficar, como é estar disponível novamente e buscar um novo relacionamento. Questionamentos e reflexões que vão emergir e que podem ser geradores de ansiedade, apreensão, angústia e fato é que são vivências e experiências inevitáveis.
Como será viver a conquista diante de uma realidade que não mais conhece tanto, ou que traz realidade muito diferente de outros tempos em que paquerava e se relacionava com este propósito. Pode ser um processo natural e tranquilo, ou de ansiedade e estressante também.
Diante do processo de separação, cada uma das partes, do seu jeito irá digerindo e assimilando todas estas mudanças e adaptações pelas quais vão ter que passar, uns com mais dificuldades, outros com mais angústia, dor e sofrimento; sem ter como prever ou se precaver, o que pode-se buscar e tentar é que isso tudo aconteça com muita tranquilidade, respeito, e boa comunicação.
A separação é sempre muito difícil e dura, por vezes, muito sofrida, angustiante e doída, mas certamente será enfrentada e superada por ambos, cada um no seu tempo e do seu jeito. Portanto não se abata diante de uma separação, mas sim, aprenda, reflita, se reorganize e se reestruture, quando ficar bem, parta em busca de um novo relacionamento, permita-se apaixonar por outra pessoa, ame novamente e seja muito feliz!!!
Leia também: *https://veja.abril.com.br/brasil/um-a-cada-tres-casamentos-termina-em-divorcio-no-brasil/
Foto: Delfina Carmona
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