Ah! Como te amei? Ainda te amo, Iokanan. Só amo a ti… Tenho sede da tua beleza. Tenho fome do teu corpo. E nem o vinho, nem as frutas podem saciar meu desejo. Que farei agora, Iokanan? Nem os rios, nem as grandes águas poderiam apagar a minha paixão. Era princesa, tu me desdenhaste. Era virgem, tu me defloraste. Era casta, tu me encheste as veias de fogo… Ah! Ah! Por que não me olhaste, Iokanan? Se me houvesse olhado, haver-me-ia amado. Sei muito bem que me haverias amado. E o mistério do amor é maior que o mistério da morte. Só para o amor se deve olhar.


A cena final de Salomé, de Oscar Wilde, é estranhamente perturbadora no diálogo que estabelece com a cabeça de João Batista nas mãos.
No seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, considerado por muitos críticos como uma obra-prima da literatura inglesa, Oscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas.
Já em várias de suas novelas, como por exemplo O Fantasma de Canterville, Wilde critica o patriotismo da sociedade.
Em seus contos infantis preocupou-se em deixar lições de moral através do uso de linguagem simples. O Filho da Estrela (ver em Ligações Externas), é exemplo disso.
No teatro, escreveu nove dramas, muitos ainda encenados até hoje.
Wilde destacou-se como poeta, principalmente na juventude. Rosa Mystica, Flores de Ouro são alguns trabalhos conhecidos nesse campo.
Wilde foi um mestre em criar frases marcadas por ironia, sarcasmo e cinismo.

Foto Cristian Newman