Quando você ama uma pessoa, você não a ama o tempo todo, exatamente do mesmo modo, de forma ininterrupta.
Isso é impossível. É mentira se alguém disser que ama dessa maneira .
E, no entanto, é exatamente isso que a maioria das pessoas exige. Temos pouca confiança no fluxo e refluxo da vida, do amor e dos relacionamentos, e por isso tentamos nos agarrar à maré cheia e morremos de medo da vazante.
Tememos que a água não volte mais . Insistimos na permanência, duração, continuidade, quando a única continuidade possível na vida, e também no amor, está na fluidez, na liberdade, assim como os dançarinos que são livres, mal se tocando à medida que dançam, mas parceiros na mesma coreografia.
A segurança de um relacionamento não está em se apoderar ou possuir, ou exigir, criar expectativas ou nutrir esperanças.
A segurança em um relacionamento não está em contemplar, com nostalgia, o passado, e tampouco em antecipar o futuro.
A única segurança em um relacionamento é vivê-lo no presente e aceitá-lo como está neste momento.
Os relacionamentos devem ser como ilhas, é preciso aceitá-los pelo que estão aqui e agora, dentro dos limites deles – ilhas, cercadas e interrompidas pelo mar, e continuamente visitadas e abandonadas pelas marés.
Trecho extraído do livro: “O Presente do Mar” de Anne Morrow Lindbergh
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