“Percebo em meu círculo de amizades uma tendência por optarem por relacionamentos abertos. Na maioria dos casos, há uma das partes que se sacrifica emocionalmente para manter-se na relação.”

 

Vamos aproveitar essa vivência trazida por um de nossos leitores e abordar este tema complexo nos relacionamentos que é o relacionamento aberto.

Esta é uma realidade vivida por pares e pessoas que precisa ser bem vivida e assimilada para que dê certo e funcione entre as partes, sem que haja problemas, conflitos ou transtornos para a convivência e para o par.

Na situação acima descrita existem três fatores negativos que serão conflituosos:

1.      Um relacionamento não por uma tendência coletiva ou um modismo, mas sim por convicção de que seja mesmo um bom caminho para ambos.

2.      Não deve ser uma alternativa para manutenção do relacionamento.

3.      Não pode implicar em sacrifício a nenhuma das partes.

Avaliando e refletindo sobre tais condições elas vão na contramão do que pensa de ideal para um bom relacionamento. Para que o relacionamento seja realmente uma boa vivência deve ser desejado e decidido por ambos envolvidos no relacionamento. Não deve jamais ser uma condição para manutenção do relacionamento, ou seja, a ideia de que para o relacionamento continuar uma das partes tem que se sucumbir a condição desejado ou imposta pelo outro.

Não pode ser penoso para uma das partes, ou seja, se incomoda ou gera sentimentos negativos ao par, sobre ele próprio ou ao relacionamento, não conduzirá pra uma forma de convivência saudável ou agregadora, portanto não pode ser vivida nestas condições.

Fato é que relacionamento aberto é de grande complexidade e exige das partes um elevado grau de discernimento pessoal e maturidade, e nem sempre é como se têm vivido. As pessoas acabam por estabelecer em seu imaginário idealizado, que o relacionamento aberto é uma forma maravilhosa de suplantar as rotinas, mesmices ou cansaço no relacionamento, fazendo de sua vivência um equívoco.

Portanto, mais do que ficar sonhando ou querendo um relacionamento aberto, pense, avalie e reflita não só o que ele pode promover de bom e prazeroso, mas principalmente, suas consequências e desdobramentos negativos que porventura possam gerar entre ambos.

Preze os seus valores e conceitos, valorize-os, viva e ame sempre!

 


Foto: Milada Vigerova