Abordando a necessidade de integração dos múltiplos aspectos do ser para uma efetiva troca interpessoal, escritora apresenta seu primeiro livro.

No livro, a psicoterapeuta, professora e escritora propõe a reflexão sobre o quanto a mulher e o homem contemporâneos reconhecem em si mesmos os princípios masculinos e femininos – e como a falta desta consciência pode interferir diretamente nos relacionamentos e na expressão da sexualidade.

“É importante expandir a reflexão sobre a urgência de melhorar a relação consigo mesmo e se libertar da necessidade de que alguém, fora de você, determine seu valor ou lugar no mundo. Só quando cuidamos de nossa conjugalidade interna somos capazes de criar vínculos saudáveis, estabelecendo as bordas necessárias, já que não é possível encontrar ninguém quando nos ausentamos de nós mesmos”, pontua Alessandra, psicoterapeuta pós-graduada em Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung com formação em Psicoterapia Reencarnacionista, Biopsicologia, Neurolinguística, entre outras.

Foi ao longo dos 12 anos em que atuou como gestora de Recursos Humanos que Alessandra constatou como aspectos emocionais podem limitar ou impulsionar carreiras. Desde então, a autora dedicou-se aos estudos do comportamento humano sob várias abordagens, culminando no desenvolvimento de uma metodologia própria, a Sanakay Psicoterapia – que agrega aos conceitos da psicoterapia ferramentas de alquimia psíquica, atuando nos níveis físico, mental, emocional e vibracional.

A partir dos feedbacks recebidos com esta prática surgiu a ideia do livro, cuja proposta é justamente sincronizar este par a partir da aceitação de si e de suas histórias, desconstruindo modelos ilusórios e acolhendo as diferenças, numa perspectiva de reintegração da essência. “Amar exige audácia para se manter leal a si próprio com todas as transformações inerentes ao viver, e é preciso que haja nos relacionamentos atmosfera de liberdade para que se compartilhe as autodescobertas, os novos desejos e as possibilidades que estas trazem. A vida é o espaço destinado aos encontros, e cada pessoa que compartilha parte do caminho nos deixa de presente um espelho e alguns convites. Divertir-se ou não com o regalo, aceitar ou recusar os ingressos vai determinar quão intensa, verdadeira e proveitosa será a viagem”, reflete.

No livro, Alessandra pondera o quanto a forma como a conjugalidade interna acontece está diretamente relacionada à intensidade e felicidade que cada casal pode vivenciar, independente de qual seja sua opção sexual.  De acordo com seus estudos, quando uma destas forças perde espaço, os diferentes papéis que a pessoa exerce na vida também vão se desequilibrando, exigindo de cada envolvido muito mais esforço para realizá-los.

De acordo com seu aprofundamento no tema, à medida que o indivíduo se afasta de sua totalidade, migra para lugares internos de desnutrição e auto-isolamento, perdendo potência e alimentando uma fantasia de que os poderes externos são superiores aos seus. “Surge, então, uma cultura fundamentada na inferioridade que ancora a insegurança em vários níveis. O padrão de escassez presente nas relações afetivas, sexuais e sociais é um indicador de quanto o ser humano se ausentou dele mesmo e somente no reencontro consigo, através da integração das energias feminina e masculina, será possível melhorar os vínculos nos diversos quadrantes da vida. Discorro ainda sobre as pontes necessárias à conexão do casal, as fases de um relacionamento afetivo, a naturalização da sensualidade, os medos e bloqueios na sexualidade e o impacto da mudança cultural nas relações afetivo-sexuais”, encerra.