Que permaneça o que significa.

De tudo, que fique o que retorna e revolve o peito arando sentimentos.

Uma flor em aflição talvez nasça, para manter um gosto de surpresa nessas madrugadas.
Que brotem um adjetivo, um pronome sem posse, um gesto amoroso e disso surja um buquê de bons pressentimentos.
Das recordações, um chuveiro que pinga distraindo nossas divergências ideológicas, o gato que salta, assim como saltam as veias quando ferve o sangue que corre.
De tudo, peço que vinguem as bobagens, as gargalhadas, a corrida contra o dia que inevitavelmente amanhece, a catarse do espasmo, o corpo cansado encolhido que acolhe.
E aquela música linda, tão nossa, que nunca mais tocou no rádio.